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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

“Você sabe muito bem porque estamos aqui, John.”
John se endireitou na cadeira e alargou um sorriso.
“Eu sei, não sou tão idiota, mas ponha alguma coisa nessa sua cabeça oca: não irei te contar, Pedro.”
“Eu quero apenas uma resposta, eu quero a verdade!”
“Esqueça. Nunca a terá.”
Pedro tirou uma arma do bolso e apontou para John, mesmo sabendo que não iria adiantar.
“Você sabe o que farei com essa arma, John?.”
“Faça o que quiser com ela, você sabe que nunca conseguirá me matar, Pedro, sou mais forte que você, sou mais capaz de você, você é tão idiota, o famoso Dr. Golden.”
“Eu posso apertar o gatilho e acabar com tudo.”
“Ótimo, atire, assim ninguém saberá a verdade, e você vai se juntar com sua linda filhinha, e que filha, hein, Pedro, deu muito além do gasto.”
“Seu filho de uma égua.”
Um grito ensurdecedor invadiu a sala. Algemas foram arrancadas e Pedro caiu de costas no chão. Tentou reagir, apertou o gatilho, mas era tarde demais. Um animal apareceu no meio da sala. Parecia um homem-lobo, tão magro que seus ossos apareciam por cima de uma pele cinzenta, flácida e de poucos pêlos. Atacou um dos homens. Sangue jorrava para todos os lados da sala, enquanto o homem ainda tentava se debater em vão. Alguém estava morto, sem o coração, a língua e metade da barriga. O animal bebeu todo o líquido possível que seu corpo agüentou e se sentiu mais forte. Despiu o homem e saiu porta a fora. Agora o animal tinha um terno para vestir.

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