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sexta-feira, 29 de julho de 2011

[27 de outubro] Segunda-feira. Horas: 23h32 THE FLOG

Socorro!!! Somos demais. Nesta casa morre-se. Demais-demais-demais-demais. Ajudem!!! Nunca tenho um instante para escrever sozinha em paz. Aqui estão sempre espiando, controlandoo que estou fazendo, se estou estudando, se estou colocando em ordem o meu quarto, se estouperdendo tempo fazendo o que eu quero. :( :( :( :( :( :( :(
Aqui sempre tem alguma coisa! No outro dia a minha irmã de 21 anos pediu como presente de formatura uma lipoaspiração, ou lipo qualquer coisa. Enfim, pediu que lhe retirem a gordura das pernas. Porra, que idiota!
Depois flagrei a minha mãe ao telefone com a psicóloga. Pensando estar sozinha, soluçava ao telefone, perguntando onde é que tinha errado e por que a minha irmã não se aceitava. 
E-que-saco, com essa história de beleza.
Você se aceita, não se aceita.
Está bem, eu tenho o nariz demasiado grande.
Minha irmã tem umas coxas que parecem duas botas de rafting. Minha prima tem uma bundamais confortável do que uma almofada da Ikea.
E Maya.
Ooooooooops, eu falei. 
O.k.. Maya, a minha amiga Maya tem essa fixação das tetas. Ela tem seios normalíssimos, masnão quer nem saber, não ouve ninguém e tenta escondê-los de todo jeito.
Que saco, essa história de beleza. 
Não, mesmo.
Eu me enchi, não sei quanto a vocês.
O.k., prontas para a liçãozinha de Miss-Flo-the-wonderfulflog? 
Meninas, não caiam nessa. Nãocedam. Se vocês se deixam refazer, vão ficar todas iguais: inchadas, empoladas, idiotas. 
Oh, yes.
“Hey, girls, you’re beautiful. Don’t look at those stupid magazines with sticklike models.”
My Chemical Romance, adoro vocês!
O.k., é a hora do AMMOOORRRR!!!
A minha lição de cada de hoje para os meus fãs. O mantra da autoestima. Repitam comigo:

No mundo existem ao menos duas pessoas que morreriam por mim.
Ao menos quinze pessoas que me querem bem de alguma forma.
A única razão pela qual alguém poderia me odiar é porque gostaria de ser como eu.
A cada noite alguém pensa em mim antes de adormecer.
Para alguém eu significo tudo.
Eu sou especial e única.
Até mesmo quando cometo o maior erro, pode derivar algo bonito.
Quando eu penso que todo mundo me deu as costas, quero experimentar olhar de novo.
Vou lembrar dos elogios, vou esquecer as ofensas.
Só existe uma coisa pior do que as pessoas falarem mal de você, e é não falarem nada.

Amo vocês.

The flog.



Maya Fox - A Predestinada

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Para sempre.

Ele se ajoelhou e pediu para segurar sua mão. Ela, já sem  graça por ele estar daquele jeito, mostrou-lhe a mão e ele a segurou e deu um beijo carinhoso. Após, levantou-se e beijou sua testa, seu nariz e chegou a sua boca. Deu-lhe um beijo romântico, depositando ali todo o seu amor por aquela que estava com os lábios selados aos seus. Terminou sussurrando um "boa noite" e esperou ela entrar em casa. Saiu em direção a sua casa, chutando todas as pedras que apareciam no seu caminho. Quando falar pra ela? Quando terá coragem de dizer a verdade? Ainda não era a hora, ela era tão carinhosa com ele, tão amorosa com ele, amava-o tanto quanto ele a amava. Mas a hora estava chegando, ele não tinha muito tempo. Não queria causar dor, queria fazer de tudo para que esses últimos dias fossem os melhores da vida dela. Chegou em casa. Tomou um banho e foi se deitar. Antes de dormir, mandou-lhe uma mensagem. Boa noite mulher da minha vida, não se esqueça que te amarei para sempre, não importa o que aconteça, não importa quem irá querer nos separar, sempre estaremos juntos. Eu te amo. Quando fechou os olhos seu celular vibrou e viu que era uma mensagem dela. Eu também te amo muito, nada irá nos separar, meu coração já é seu, e guardarei o seu com muito carinho aqui no meu peito. Durma bem. Ele sorriu. Dormiria feliz. Fechou olhos novamente. Adormeceu. E nunca mais acordou. Seu coração estava em segurança.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você a está tratando bem?

Senti ela hoje. Senti tristeza. Não estou certa do que aconteceu. Estou confusa. Mas não quero dor novamente. Não quero vê-la desse jeito de novo. Não quero senti-la de novo. O que você fez? Por que teve que a levar e depois fazer isso? Por que não tira logo de uma vez esse peso do meu ombro? Esses pensamentos? Essa agonia? Essas visões? Leve-a, leve-a de uma vez, e leve o resto todo com você, não precisa brincar comigo. Vá embora. Isso está me enlouquecendo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Puxe meu braço,

Quando eu estiver indo embora e diga olhando nos meus olhos que me ama. Faça-me ficar com raiva de você e depois tirar-me o sorriso que você mais gosta de ver. Deixe-me vermelha de vergonha ao dizer que estou bonita hoje. Rode-me sob a chuva e deixe a chuva molhar nossos corações. Deite-me na grama contigo e me mostre as mais inusistadas formas que as nuvens nos mostram. Surpreenda-me ao segurar minha mão quando eu menos esperar e depositar ali todo o seu carinho. Faça caretas e me deixe rir de você até a barriga doer. 
E quando minha primeira lágrima cair limpe-a e não me pergunte o que aconteceu. Apenas me abrace. E quando eu não conseguir mais te olhar nos olhos levante o meu queixo e dê um sorriso. E quando eu disser que tenho medo conforte-me com um beijo na testa. E quando eu pensar que não existe mais ninguém, esteja ao meu lado, somente ao meu lado.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Livre, talvez?

Eu sei porque você faz isso. Eu sei porque me culpa. Eu sei porque eu consigo olhar dentro dos seus olhos e ver todos os seus pecados. Vá em frente, discorde de tudo. Fale tudo na minha cara, cuspa, bata, arranhe, eu estou desistindo. Fale para todos. Eu desisto. Ninguém te escuta, ninguém se importa. Eu sei que você não quer adiar aquilo que há dentro de você, então exploda. E mais uma vez eu sinto cheiro da decadência vindo de você, e agora estou fora do seu caminho. Eu sei porque vai atrás de mim. Sabe que não sou forte o suficiente pra revidar. Me deixe em paz. Não incomode. Não se atreva. Não conseguirei enquanto sentimentos tomam conta de mim. Há trevas e luz dentro de cada um, e cabe a nós decidir o que seguir. Tente olhar dentro dos meus olhos e ver que escolhi o contrário que você. Estamos em caminhos contrários agora. Estou ficando boa nisso, estou conseguindo enxergar meu caminho de volta, estou conseguindo tirar isso de dentro de mim. Então não pense que ficarei fraca para sempre, que sempre estarei em suas mãos. Meus olhos cansaram de ver o que não queriam dentro do seu olhar. No meu mundo, no meu caminho, você jamais apagará uma luz. Não mais. Eu desisto. De você.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minhas mãos estavam suadas,

Meu coração estava acelerado. Tocar ou não tocar a campainha? Será que estou apresentável? Calma, garoto, respira. Feche os seus olhos e só pense nela. Po, ela é tão linda, tão meiga, tão boa com você. Estará sempre em sua mente aquele momento em que você olhou nos olhos dela e disse que a amava. Aquele momento em que seus lábios secaram e sua mão tocou levemente a mão dela. Aquele momento em que os olhos se fecharam e as duas faces foram se aproximando para dar início a um beijo romântico. Aquele momento em que ela sorriu e você roubou um selinho dela. Ah, e aquele, que o tempo parou quando estavam contando quantas estrelas haviam no céu, deitados na grama, esperando o dia amanhecer e vocês puderam dar bom dia ao Sol que estava sorrindo para vocês. E as nuvens em formas de coração. E as loucuras. E as brincadeiras. E as risadas. E a mão dela passando pelo seu rosto, e você teve vontade de nunca mais largá-la. Você a ama. Por que está tão nervoso? Diga isso à ele, diga que não quer machucá-la, diga que quer fazê-la feliz, fazê-la sorrir todos os dias. Não tenha medo. Medo de quê? Se ela estiver feliz, não há como não aceitarem. Agora, respire fundo mais uma vez. Toquei a campainha. Um homem meio desconfiado abriu a porta. Então você é o garoto? Ele perguntou. Merda, merda, agora estou morto. Sim, eu respondi. Entre. Ai meu deus, ai meu deus. No dia seguinte, fui me encontrar com ela, estava rindo da minha cara. Fiz papel de bobo, pareci um cagão. Entrelaçei minha mão na dela. Minha. Isso que importa. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu quero pegar as minhas malas,

E ir correndo para a sua casa. Foi tudo tão de repente o que aconteceu. Um dia você estava aqui, hoje, não mais. Não fiz por mal, eu nunca quis te machucar. Aliás, eu nunca quis machucar ninguém. Minhas mãos parecem alfinetes e minhas palavras parecem facas afiadas, e no final tudo acaba cheio de sangue. Sangue na minha boca, sangue entre meus dedos, sangue na minha alma. Meu defeito é não ter te amado como deveria, é não ter te beijado como você desejou, é não ter acreditado nas suas palavras. Acreditar, palavra bonita, não? Mas para mim, é um pesadelo. Cresceu em mim uma desconfiança. Passei a desconfiar de tudo, e de todos. Não consigo mais acreditar em palavras. Já acreditei demais, sofri demais, acreditei nas promessas que foram quebradas, acreditei nas palavras que foram ao vento, acreditei no brilho do olhar e ele se apagou. E o que sobrou de mim? Nada. Eu não consegui me levantar quando me deu a mão, pois não acreditei que você pudesse me tirar do chão. Eu não consegui sorrir quando disse que me amava, com medo de você me largar no dia seguinte. Eu não olhei nos seus olhos com medo de você fingir que eu não existiria quando não estivessemos juntos. Eu não entrelacei minhas mãos nas suas, com medo de me machucar, de te machucar. Mas eu fingi, fui falsa, e peguei a sua mão na última hora, só que acabei apertando forte demais. Me desculpe.

domingo, 17 de julho de 2011

Ne Me Quitte Pas

Não me abandone, é preciso esquecer, tudo se pode esquecer que já ficou pra trás. Esquecer o tempo dos mal-entendidos e o tempo perdido a querer saber como esquecer essas horas que às vezes mata a golpes de por quês, o coração de felicidade. Não me abandone. Eu te oferecerei pérolas de chuva vindas de países onde nunca chove. Eu escavarei a terra mesmo depois da morte, para cobrir teu corpo com ouro e luzes. Criarei um país onde o amor será rei, onde o amor será lei e você será a rainha. Não me abandone. Não me abandone, eu te Inventarei palavras absurdas que você compreenderá, te falarei daqueles amantes que viram de novo seus corações excitados. Eu te contarei a história daquele rei, que morreu porque não pôde te conhecer. Não me abandone. Quantas vezes não se reacendeu o fogo do antigo vulcão que julgávamos velho? Até há quem fale de terras queimadas a produzir mais trigo na melhor primavera, é quando a tarde cai, para que o céu se inflame, o vermelho e o negro não se misturam. Não me abandones, eu não vou mais chorar, não vou mais falar, me esconderei aqui só para te ver dançar e sorrir, para te ouvir cantar e rir. Deixa-me ser a sombra da tua sombra? A sombra da tua mão? A sombra do teu cão? Não me abandone. Não me abandone.

(Maria Gadu)
 

Tô voltando pra casa (Pregador Luo)

"Não há lugar como o lar, não há lugar como a nossa casa. Casa de justiça. Casa de igualdade. Não há lugar como o lar"

Eu gosto daqui, mas aqui não é meu lugar, eu gosto das praias e de ver ondas quebrar, gosto do sol, da chuva e da garoa, gosto das matas e de comida boa. Roupas elegantes me caem muito bem, quero house confortável igual o bacana tem, uma cama quentinha, me diz quem fica sem? Gosto de crianças e sorriso de neném. Realmente esse mundo tem muito atrativo, é sempre muito bom um jantar com os meus amigos, também tem a gatinha, a namorada ou a esposa. Quanta coisa boa que a gente não enjoa, estabilidade no emprego, cargo de confiança, viagens pelo mundo, ver a torre Eiffel na França. Tudo aqui é muito loco, eu posso até admitir, só que eu tô saindo fora, meu lugar não é aqui.

Eu tô voltando pra casa, eu tô, vou para os braços de Papai, teu filho pródigo voltou, vou para os braços de meu Pai, o seio do meu Criador.

Diamante brilha muito, hipnotiza o "zói", mas não é pra qualquer um, é previlégio de boy. Bem todo mundo come bem ou se protege da chuva quanto mano tá descalço andando pela rua. Sem casa, sem teto, sem ajuda nenhuma, come o que encontra, dorme onde dá, as roupas são as mesmas, usa até acabar, é no chão que vai deitar, se chover vai se molhar. Nada de viagens, de praias ou de sonhos, coração vazio e olhos tristonhos, sem emprego, sem justiça, não goza de confiança, sem saúde, sem futuro pra esposa ou pras crianças. Cadê socialismo? Cadê o comunismo? Que se dane o regime, vou de cristianismo. Isso aqui jaz no maligno, eu não vou me apegar, uma hora eu saio fora, aqui não é meu lugar.

A minha nova casa é Jerusalém, onde todo mundo passabem, passa bem. Mansões celestiais serão a nossa nova morada, a glória é maior na nossa segunda casa. Casa de justiça é pra lá que eu vou, é pra lá que eu vou. Eu tô voltando pra casa, eu tô, pois essa aqui não é a minha casa, nesse lugar eu não me sinto em casa. Por isso, eu tô votando pra minha casa.

sábado, 16 de julho de 2011

Você me olhou,

Daquele jeito que faz meu coração apertar. Pediu-me colo como uma criança pede um brinquedo que sempre quis ter. Beijou minha face como se eu fosse a pessoa mais querida no mundo. Bufou para mim quando eu não quis mais dormir naquela posição com você. Sentou-se ao meu lado e ficou em silêncio, quando eu sofria e precisava ficar sozinha. Pediu carinho, quando eu não queria mais papo com ninguém. Tirou um sorriso do meu rosto, quando o momento que eu mais fico com raiva é quando me acordam. Saiu correndo quando eu levei um susto quando colocou a cara pra dentro do banheiro quando eu estava fazendo xixi. Quase me matou de raiva quando saiu correndo com uma peça de roupa minha pela casa. Arrotou na minha cara quando te neguei um doce. Beijou minha mão quando eu te bati. Bateu na minha porta para encher meu saco. Escondeu-se debaixo do meu edredon quando sentiu medo da chuva. Deitou-se ao meu lado, quando te empurrei da cama porque estava roncando. Sorriu para mim, quando briguei com você. Cara, é estranho dizer isso, sentir isso, compreender isso. É estranho te ter por perto e ter um medo enorme de te perder. É estranho pensar que um dia não estaremos mais juntos, eu não poderei mais te chamar de bebê nem te abraçar. É estranho ter tanta foto sua, e te achar a coisa mais linda que existe no mundo, mesmo estando feio, sujo, cheirando a cachorro. Eu te amo, queria ter você pra sempre. E mais uma vez, dedico um post à você, porque você merece.

domingo, 3 de julho de 2011

Abro os meus olhos já é de manhã, à noite é menor cada dia, os dias às vezes parecem iguais, a guerra é minha rotina. Peço forças pra continuar, peço forças pra poder lutar. Luto pra sobreviver, com os olhos voltados pro céu, espinhos me fazem sofrer, resisto na luta com a graça de quem já venceu. Fecho os meus olhos a noite já cai, começo a tratar minhas feridas, olho pros céus com os joelhos no chão, abro os braços pra graça divina.
Nada vai nos separar do teu grande amor, mesmo caminhando em dor, sou mais que vencedor. Quando nada tem razão, o dia passa sem se ver, parece estar tudo contra mim. Quando me encontro em aflição, correndo sem ter direção, eu penso que chegou meu fim. Quero sentir a Tua mão, segurando a minha mão, ouvir a Tua voz a me chamar. Vem apagar esta solidão, me tirar dessa escuridão, quero ter pra sempre a Tua paz. Nessa tempestade eu posso ver a Tua presença e o Teu poder me sustentando em Teu querer.
(Oficina G3)