rascunhe

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu quero pegar as minhas malas,

E ir correndo para a sua casa. Foi tudo tão de repente o que aconteceu. Um dia você estava aqui, hoje, não mais. Não fiz por mal, eu nunca quis te machucar. Aliás, eu nunca quis machucar ninguém. Minhas mãos parecem alfinetes e minhas palavras parecem facas afiadas, e no final tudo acaba cheio de sangue. Sangue na minha boca, sangue entre meus dedos, sangue na minha alma. Meu defeito é não ter te amado como deveria, é não ter te beijado como você desejou, é não ter acreditado nas suas palavras. Acreditar, palavra bonita, não? Mas para mim, é um pesadelo. Cresceu em mim uma desconfiança. Passei a desconfiar de tudo, e de todos. Não consigo mais acreditar em palavras. Já acreditei demais, sofri demais, acreditei nas promessas que foram quebradas, acreditei nas palavras que foram ao vento, acreditei no brilho do olhar e ele se apagou. E o que sobrou de mim? Nada. Eu não consegui me levantar quando me deu a mão, pois não acreditei que você pudesse me tirar do chão. Eu não consegui sorrir quando disse que me amava, com medo de você me largar no dia seguinte. Eu não olhei nos seus olhos com medo de você fingir que eu não existiria quando não estivessemos juntos. Eu não entrelacei minhas mãos nas suas, com medo de me machucar, de te machucar. Mas eu fingi, fui falsa, e peguei a sua mão na última hora, só que acabei apertando forte demais. Me desculpe.

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