rascunhe

domingo, 5 de setembro de 2010

E nisso ela não desistirá.

Depois de tanto tempo ela percebeu que sentia medo voltar para lá, apesar de considerar aquele lugar seu porto seguro. Ela, que queria tanto dormir sozinha em seu próprio quarto, agora sente medo de dormir sozinha, em sua própria casa. Ela sabe que não precisa ter medo, mas sempre tem calafrios quando coloca os pés sobre aquele piso frio. Não fugirá, e isso faz seu inimigo sentir mais raiva ainda dela, pois mesmo sentido medo, ela está lá, de cabeça erguida, pronta para tudo. Mas seus olhos ainda tremem. Quando está em outros lugares e vê aquilo, ela acha engraçado porque não sente medo, porque sabe que é forte e não deixa aquilo abalá-la, porque sabe que existe um homem que a estará protegendo, porém sente medo quando isso ocorre em sua casa. É como se houvesse uma barreira, uma coisa muito forte, um inimigo tão grande que ela não conseguirá batalhar sozinha. Mas ela tem algo que o inimigo sente raiva, muita raiva, e que, apesar do medo, ela fica de cabeça erguida, de nariz em pé, e que não a fará desistir nunca, de plantar aquela semente dentro de casa e nascer um lindo jardim. Amor. E ela Acredita.

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