rascunhe

quinta-feira, 19 de novembro de 2009



Era uma vez uma menina. E essa menina tinha sonhos, sonhos grandes, sonhos praticamente impossíveis. Ela sonhava em morar fora, apesar de ainda ser menor de idade, queria viver em outra cidade, sem os pais por perto, para poder aprender ser independente desde pequena. Sonhava em estudar fora também, em uma escola cara, mas não sabia se seus pais poderiam pagar essa escola, mas ela iria fazer de tudo, de estudar até a hora que for, só para conseguir estudar naquela escola. Sonhava em usar lentes de contato, pois sua vida inteira até ali só usava óculos, e tinha horas que atrapalhava bastante, como sair e não poder colocar uma maquiagem bonita sem ser escondida ou fazer educação física, que sempre tinha que tirar os óculos para não quebrar. Sonhava em ter um notebook, de preferência com internet para carregar ele para todo lugar e ter um computador só seu, sem ninguém para ficar colocando regras. Sonhava em conhecer pessoas novas, uma meta de mais de 100 amigos em menos de um ano, já que não existe coisa melhor do que ter amigos sempre por perto. Sonhava em quebrar sua meta em ler livros. Sonhava em poder sorrir todos os dias se tivesse pelo menos um dos seus desejos realizados...
Mas, uma coisa estranha aconteceu. Ela dormiu, e dormiu. E, quando acordou, estava em um quarto que não era o seu de costume. Saiu, e viu que aquela cidade não era a sua. Olhou para o que estava vestido, e estava com o uniforme da escola que sempre sonhou em estudar. Correu de volta para o quarto e, seu notebook com a internet estava ali, chegavam até brilhar, e ainda ganhou uma companheira de quarto maravilhosa. Foi para a escola, e mais de 100 pessoas paravam para conversar com ela, abraçavam-na. Numa sexta-feira voltou para casa, e quando olhou para sua prateleira havia 23 livros, todos lidos, chegavam até estarem amassados de tanto serem lidos...
Ela não estava acreditando que aquilo tudo havia se realizado, em menos de 1 ano. Podia jurar que estava sonhando, e sorriu, e chorou, e ajoelhou agradecendo aos céus por aquilo... Aquela menina? Ah, aquela menina sou eu, e essa é a minha história. Sei que já escrevi inúmeras vezes sobre isso neste blog, mas eu ainda não acredito que tudo isso aqui é real, às vezes ainda dá pra perceber que isso é apenas um sonho, um sonho eterno. Um sonho realizado.

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