quinta-feira, 11 de novembro de 2010
E eu estava andando pela estrada da minha casa, até que alguma criança me chamou para brincar na areia, pois estava se sentindo muito sozinha. Fui até ela e brincamos de contruir castelinhos. Quando cansamos, estávamos sujas, mas ríamos mesmo assim, e acabei dando a ideia de olhar os formatos das nuvens, já que o céu estava começando a possuir a cor avermelhada do crepúsculo. Deitamos na areia mesmo e divertimo-nos enquanto o Sol se escondia por trás das montanhas, seus raios dando boas vindas a uma noite estrelada. Percebendo que estava ficando tarde, a garotinha despediu-se de mim e foi para casa. Aproveitei o tempo sozinha e fiquei sentada na areia, olhando ao meu redor. Quando, me deparo com uma figura branca, vindo em minha direção. Se eu não estivesse lúcida diria que tinha sido um anjo. Mas aquela figura começou a ter formato de um menino alto, de no máximo 16 anos, moreno, com o cabelo bagunçado devido a brisa que vinha contra ele. Reconheci-o na hora, mas, mesmo sem acreditar que aquilo estava acontecendo, que aquele menino era mesmo real e estava vindo em minha direção, eu sorri, meu sorriso se alargou tanto que pequenas gotas de água caíram pelo meu rosto sujo de areia. O garoto correu em minha direção e me deu um abraço apertado. Um abraço silencioso, um abraço de amor, um abraço com uma sensação que nunca senti na vida. Havia amor. Havia dois corações acelerados. Os pensamentos haviam desparecido. O chão havia sumido. A emoção era demais para conter. E ele me olhou nos olhos, encarou-me. Minha boca secou e eu podia ouvir seu coração. Meus olhos se fecharam. Meu celular despertou. Droga! Mais um dia inútil de aula.
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