rascunhe

quinta-feira, 12 de abril de 2012



E eles trocaram o primeiro sorriso. Depois de tanto tempo se prendendo, se negando, se consumindo, ela deu o primeiro sorriso verdadeiro. Ele o retribuiu na mesma intensidade. Era isso que eles queriam, alguém para poder discutir sobre qualquer assunto, sem mentiras, sem máscaras. E de repente um medo tomou conta do coração deles. Uma confusão, várias perguntas não respondidas, vários pensamentos não ditos, sonhos inalcançáveis. Ela começou a ficar com receio de olhar-lhe dentro dos olhos, pois estava com medo de agir impulsivamente. E ele a olhava como se algum dia fosse perdê-la, mesmo se ela sempre estivesse ali. E os dois não sabiam de nada. Não conseguiam entender. Não interpretavam bem os sinais. É uma fase, é o que eles pensam. Mas o tempo é malandro, passa sem a gente perceber. O tempo fala conosco, por mais que tapemos os ouvidos. Eles queriam saber o que ocorria, mas isso só aumentava a dúvida que os rodeava. Mas ela ainda sorria para ele. E ele o retribuía na mesma intensidade.

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