rascunhe

domingo, 18 de setembro de 2011

Nossos olhos se cruzaram e me perdi nos meus devaneios. Nunca conseguir ficar mais de cinco segundos perdida em seu olhar, porém o que eu mais queria era que você visse no fundo dos meus olhos tudo aquilo que nunca tive coragem de te dizer. Mas algo puxa meu rosto e eu não consigo te olhar direito. Falar então, nem pensar. Foge-me as palavras, o assunto se perde no ar e eu não consigo alcançá-lo. Então falo apenas o necessário e sorrio que nem uma boba. Sorrir. Apesar de tudo, é um defeito meu. Sorrio de tudo, e acabo fazendo papel de boba na frente de todos. Às vezes sorrio para não ficar séria, pois o que há aqui dentro nem sempre são flores, o que é o que parece. Falaram-me que coração quando está gostando de alguém é bobo, é tímido, fica sem graça. Estou desfrutando novamente desse sentimento, creio eu. Eu, que me prometi construir um muro, o cimento não segurou o suficiente e o tijolo era fraco. Odeio prometer algo que não posso cumprir. Mas não quer dizer que estou odiando amar. Aliás, estava me esquecendo do quanto nos faz bem. Estava me esquecendo até de amar a mim mesma. Voltando ao assunto, por mais que eu não consiga olhar em teus olhos, ou pronunciar alguma coisa, eu gosto de gostar de você.

Nenhum comentário: