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terça-feira, 1 de junho de 2010

É nessas horas que,

Tudo se percebe que já é tarde demais. Aquelas palavras, aquele abraço apertado, aqueles gritos, aquele sorriso, aquilo que não volta mais. E aquelas palavras não ditas, aquele gesto não feito, só ficam na memória, se lamentando por não ter feito ou falado. É nessas horas que você queria ouvir e não ter que fingir tamanha dor que mata por dentro e que tudo está tudo bem, por mais que não esteja. E quando alguém cita algo que lembra, por mais que seja de brincadeira, ter que ficar calada e sofrer sozinha, tentando esconder as lágrimas do rosto e sorrir falsamente. É nessas horas que você quer dizer um “Eu Te Amo”, correr para deitar naquele colo confortável, ouvir aquela voz, e já não é mais possível. O sentimento de desistência de vida invade, mas não se pode desistir, pois o mundo não acabou, não o mundo afora. O suplico de volta, o suspiro de arrependimento, o grito que invade, já não são mais ouvidos. Está tudo, em vão.

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