E parece que quando vem uma, vem milhões de palavras em minha mente. Percebi o quanto estou distante quando me aconteceu algo que me corroeu as férias inteiras: perdi meu melhor amigo, meu melhor companheiro. Perdi um pedaço de mim. Perdi um anjinho de quatro patas. Perdi alguém que nunca me pediu algo além de amor, um cafuné a noite, uma água e uma comida. Alguém que nunca me pediu para comprar uma caminha mais confortável ou que eu calasse a boca quando reclamava da minha vida. Alguém que abanava o rabinho por ganhar o meu ursinho de pelúcia mais empoeirado e mais feio da estante, e ainda me agradecia! Alguém com quem passei os três últimos dias de sua vida ao seu lado, acordada, sem conseguir tirar um cochilo, com ele no colo, clamando a Deus para que sua dor passasse, e que se possível o levasse para que não sofresse mais. E foi o que aconteceu, você se foi nos meus braços, debaixo do meu olhar, da minha despedida, da minha aceitação de que você estava sofrendo muito ao ponto de querer desistir. Mas eu sei, eu sei que você estava lutando por mim, por nós, para manter seus olhos abertos, e quando os fechava, abria rapidamente quando eu dizia o seu nome desesperada. E eu sei também, que me senti culpada, por não ter feito mais. Pelo menos foi feliz, e foi muito amado por todos que te conheciam. Meu pequeno Tobinho, por onde você estiver, saiba que você sempre será o melhor cachorro do mundo!
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