rascunhe

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


E hoje me bateu uma saudadezinha de você. De você dar uma leve arranhada na porta à noite só para receber um cafuné e ir pra sua caminha. De quando você sumia com as minhas meias e eu tinha que usar uma de cada cor. De quando você chegou, tão pequeno, tão indefeso, tão choroso e tão sapeca. E até quando eu te assustava quando começava a cantar igual uma louca pela casa. Ou  até mesmo quando fugia, e eu saía correndo atrás você igual uma doida, morrendo de medo de te perder. Um medo que infelizmente se tornou realidade. Uma dor que não tem como explicar, de perder o seu melhor amigo. Um anjinho que poderia muito bem ter ficado na Terra por mais um tempinho. Só mais um tempinho. Só pra eu não te perder daquele jeito tão cruel. Você não merecia sofrer. E aquele seu olhar, desesperado, esvaindo-se, consumindo-me até o fim. Você ficaria orgulhoso de ver como a sua irmã de consideração se tornou sapequinha. Poxa, Tobinho, você me faz mais falta do que eu pensei que faria.
- Que horário você vai pegar o ônibus pra vir pra cá?
- 13:30.
- É 13:20, cuidado pra não perder.
- Tá, tá, já entendi.
- É melhor você sair mais cedo de casa.
- Mas são só 20 minutinhos de ônibus até a rodoviária.
- É né, só que tem trânsito, motorista lerdo, pessoas que entram e saem a todo tempo...
- Tá, tá.
- Se você perder o ônibus eu vou rir da sua cara.
- Eeee chatisse hein, não vou perder não.
- Então tá bom.
- 13:30 já tô na rodoviária.
- É 13:20.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

"Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.

 Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti. 

Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo

 Porque não existe,

 entre tu e eu, 

nem eu, 

nem tu."

Eu adoro essa sua carinha de felicidade que não cabe no peito quando nos encontramos depois de tanto tempo longe. E daquele abraço aconchegante do qual não quero me distanciar jamais. E até mesmo quando chego e você ainda está dormindo, e te acordo puta da vida porque não foi me receber. Posso até mesmo confessar que acho graça (graça, não que eu adore) quando você faz aquelas brincadeiras de ficar me olhando o tempo todo, sabendo que eu odeio isso. E o melhor disso tudo, é que você me pediu em namoro mesmo sabendo de todas as barreiras que iríamos enfrentar. Distância. Saudade. Brigas. Ah, essa semana eu vou praí, na semana que vem você vai pra minha casa, pode ser? Xii, vou ter que ficar por causa das provas. A gente se vê semana que vem? Se eu pegar o ônibus aqui as dez horas consigo chegar aí às duas. E mesmo você sendo um chato, eu aceitaria o seu pedido de novo, e de novo, e de novo. Me apaixonaria de novo, te seguiria no twitter de novo, pediria seu msn de novo, esperaria você mudar o status do facebook primeiro, e faria aquelas baboseiras de colocar cartinha de amor dentro do ovo, na porta do seu guarda-roupa, debaixo do seu travesseiro. Só pra ver de novo essa sua carinha de felicidade quando nos encontramos.