E parece que quando vem uma, vem milhões de palavras em minha mente. Percebi o quanto estou distante quando me aconteceu algo que me corroeu as férias inteiras: perdi meu melhor amigo, meu melhor companheiro. Perdi um pedaço de mim. Perdi um anjinho de quatro patas. Perdi alguém que nunca me pediu algo além de amor, um cafuné a noite, uma água e uma comida. Alguém que nunca me pediu para comprar uma caminha mais confortável ou que eu calasse a boca quando reclamava da minha vida. Alguém que abanava o rabinho por ganhar o meu ursinho de pelúcia mais empoeirado e mais feio da estante, e ainda me agradecia! Alguém com quem passei os três últimos dias de sua vida ao seu lado, acordada, sem conseguir tirar um cochilo, com ele no colo, clamando a Deus para que sua dor passasse, e que se possível o levasse para que não sofresse mais. E foi o que aconteceu, você se foi nos meus braços, debaixo do meu olhar, da minha despedida, da minha aceitação de que você estava sofrendo muito ao ponto de querer desistir. Mas eu sei, eu sei que você estava lutando por mim, por nós, para manter seus olhos abertos, e quando os fechava, abria rapidamente quando eu dizia o seu nome desesperada. E eu sei também, que me senti culpada, por não ter feito mais. Pelo menos foi feliz, e foi muito amado por todos que te conheciam. Meu pequeno Tobinho, por onde você estiver, saiba que você sempre será o melhor cachorro do mundo!
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Há muito tempo que não escrevo. Que não digo nada além de apenas coraçõezinhos floridos por aí. E nesse meio tempo venho crescendo, pessoalmente e, digamos que profissionalmente também. Ocorreram tantas oportunidades, tantos altos e baixos que às vezes vejo a pequena necessidade de não escrever mais aqui. Como também vejo a grande vontade de desabafar por aqui. É um pouco que confuso, pois vejo textos que parecem clichê mas textos que fico pensando: "Como consegui pensar nisso para escrever? De onde veio tanta inspiração?". É algo meio aberto. Não sei se farei outro blog para tratar de envolvimentos mais para a faculdade, ou se misturo tudo aqui. Porque é assim que eu sou: uma mistura de choro dentro do riso, de felicidade em meia tragédia, de imensidão em pleno vazio. Venho buscando inspiração, de um jeito de voltar para cá ativamente, mas o cansaço tanto físico como mental tem que bloqueado bastante. Mas é isso aí: vão acabar vindo textos aleatórios, a vontade de criar outro blog, tanto como um de história (é, meu livro acabou ficando um pouco pra trás), como de estudante de engenharia. Só terei uma única certeza: esse blog nunca será excluído, pois ele me ajudou muito a crescer, a pensar, a escrever, a tentar não mudar tanto de assunto no meio do caminho, enfim. Foi bom, e espero que continue um dia.
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