rascunhe

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ele me envolveu em seus braços calorosos e me rodopiava enquanto andava pela praça. Fechei os olhos para sentir o fraco vento frio que arrepiava minha nuca. Então, ele foi parando devagar e eu ia deslizando pelo seu corpo até chegar ao chão. De olhos ainda fechados, encostamos nossas testas podendo escutar e sentir a respiração um do outro, que estavam um pouco forte. Segurou meu rosto com as duas mãos, beijou a minha testa e abrimos os olhos. Nos encaramos por um longo tempo. "Às vezes não dá para acreditar.", disse. "Não dá pra acreditar no que?", perguntei. "Que isso que estamos passando seja real, é perfeito demais. Você é perfeita demais pra ser verdade." Soltei um sorriso tímido, desviei o olhar por alguns instantes e acariciei o seu cabelo perto do pescoço. "Não, eu não sou perfeita." Dando-me outro beijo na testa, ajeitou meu cabelo atrás da orelha e sorriu. "Você é perfeita do meu jeito. É isso que importa."

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