rascunhe

sexta-feira, 5 de março de 2010

Há algo aqui dentro escondido. Algo que não há possibilidade de ver, mas ao fechar os olhos, tudo se enxerga. Algo que se consegue esconder, mas aos olhos de uma criança tudo transparece. Algo forte, mas nada para se levar a loucura. Algo que se sente, algo que vem da gente. Algo que só nós podemos distinguir, algo que só quem passa sente, enxerga, sofre, sorri, esconde. E quem são os outros para julgar? Apenas "ninguéns", pois não há a possibilidade de sentir o que o outro sente, o que o outro vê. São pontos distintos, distantes, únicos. Talvez isso só passe de um momento, talvez isso persiga até enlouquecer a mente empobrecida. A cama chama para um sono profundo, sem nenhum sinal de acordar, apenas para contemplar o calor, conforto e sonhos que ela nos oferece, esquecer do mundo, esquecer dos problemas. Os livros chamam com a finalidade de se deixar mais culto, mais atualizado e inteligente, para que num futuro próximo tudo ocorra bem e da maneira mais fácil possível. O banho nos chama para livrar todos os males que perseguem e levá-los ralo abaixo. Os amigos e os amores chamam para a vida, para o amor, para descobrir como se faz uma união, para demonstrar que não se está só, para ser uma segunda, terceira, quarta família. Algo escondido, algo que não há possibilidade de se ver, algo que dá para se esconder, algo forte, algo que se sente, algo que só nós podemos distinguir. Sentimentos. Sentimentos. Pensamentos. Ilusões. Realidade. Otimismo. Pessimismo. Algo que só nós podemos distinguir.

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